Sexta-feira Santa - Dia de Vênus - Paixão, Amor Universal

Na madrugada de quinta para sexta, Cristo, ao ser identificado pelo beijo traiçoeiro de Judas, quando orava no Getsêmane, é arrastado e preso.


Ironizado, flagelado, coroado com espinhos, carrega sua cruz sobre as costas e é crucificado na colina de Gólgota. Tendo se tornado suficientemente firme na sua alma, por possuir algo imensamente sagrado, suporta todos os sofrimentos e dores que lhe são impostos. Com a força de sua alma elevada, carrega seu próprio corpo em direção à morte; une-se à morte, para legar aos seres humanos a mensagem de que a morte não extingue a vida.


A imagem do Cristo carregando sua própria cruz em direção à morte é o grande símbolo de que, além do umbral da morte física, começa uma nova vida.
O Livro dos Mortos, o livro sagrado do Egito, continha preces, instruções para, após a morte, o homem encontrar seu caminho de volta ao mundo espiritual, para o Pai. Há cinco mil anos, nos rituais, de religação com o mundo espiritual, os iniciados eram induzidos num sono de morte. A morte era irmã do sono. O Eu, naquela época, não tinha penetrado ainda profundamente no corpo humano e a imortalidade, a visão do mundo espiritual, após a escuridão da morte, era vivenciada. Os sepulcros eram, ao mesmo tempo altares e as almas dos mortos eram mediadoras entre a Terra e o mundo espiritual. À medida que a Terra se tornou mais densa em sua matéria física e o homem desenvolveu sua autoconsciência, a morte tornou-se grande medo da humanidade.
Cristo resgata para o ser humano a sua herança espiritual.
"No Cristo, torna-se vida a morte".

(FONTE: Livro "Viver a Páscoa", Instituto Mainumby, Formação de Educadores Comunitários, Associação Monte Azul)

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