Quinta-feira Santa - Dia de Júpiter - Sabedoria, Grandeza

Cai a noite de Pessach. Lá fora, reina o silêncio. Todos estão em casa reunidos para a ceia do cordeiro pascal.
No convento da Ordem dos Essênios, no Monte Sion, lugar antigo e sagrado, reúnem-se Cristo e os Doze Apóstolos para também celebrarem o Pessach.
Antes da ceia, Jesus realiza o ato de amor humilde, singelo de sabedoria, que para sempre ira tocar o coração dos cristãos: o Lava Pés. Cristo, sendo ele um ser espiritual, ajoelha-se e lava os pés de cada um dos seus discípulos, num gesto que é a síntese de todos os seus ensinamentos: "amai-vos uns aos outros".



Segue-se a ceia do cordeiro, após o qual Cristo abre mão de si por algo que reconhece maior. Tomando pão e vinho, Cristo os oferece aos discípulos: "Tomai, pois este é meu corpo e este é meu sangue".
Doa-se nos frutos da terra, permeados com a força da sua sabedoria transformadora, para que se renovasse continuamente a antiga sabedoria e se revivificasse o que havia sido consumido da Terra e do Homem.
O antigo sacrifício do cordeiro era um ato externo: o sangue fresco dos animais puros tinha, no passado, a força de induzir a alma humana a se ligar ao mundo espiritual, porém em estado de êxtase.
Com este ato sacramental, Cristo cessa a reminiscência do sacrifício do cordeiro, intensificando o esforço volitivo da alma humana que quer acolher em si o Eu espiritual. Cristo se torna ele próprio o Cordeiro. Ele traz a interiorização do Eu na alma humana, até o nível do sacrifício, da entrega, da aceitação do destino. "Eis o Cordeiro de Deus, que assume os pecados do mundo".
O conteúdo desta noite compõe um sacramento de quatro partes que revivifica, no homem religioso, a cada ato, a comunhão com o espiritual, no íntimo do seu ser.

(FONTE: Livro "Viver a Páscoa", Instituto Mainumby, Formação de Educadores Comunitários, Associação Monte Azul)

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