Domingo de Ramos - Dia do antigo Sol - Centro, Eu, Humanização

(Vamos fazer de conta que eu postei isto no domingo passado, dia 24/03/2013 ;p)



No primeiro dia da Semana Santa, Jesus Cristo entra na cidade santa de Jerusalém, montado em um burrinho branco. Com brados de "Hosana", o povo o saúda com ramos de palmeiras. A força solar que emana do Eu do Cristo reacende no povo a antiga clarividência, vivenciada nos rituais das festividades em homenagem ao Sol. A palmeira sempre fora considerada o símbolo do Sol natural.

O Cristo atravessa em silêncio a vibração popular, sem se contagiar. Internamente, sabe que aquele entusiasmo logo passará. Não tem consistência interna. É o entusiasmo natural, que logo se transfere para outra novidade, para outro acontecimento externo. Cristo sabe o que ele próprio representa e a que veio. Quer penetrar na camada mais consciente da alma humana. O seu brilho é um brilho próprio, que emana da própria essência de seu ser espiritual. O seu estado de alma autoconsciente e acolhedor permanecerá.

Entrar em Jerusalém montado num burrinho tinha, para Cristo, o sentido de deixar clara a transição: da antiga exaltação visionária inconsciente, desencadeada pelos elementos externos da natureza, para a atitude receptiva, fruto da presença de espírito, do Sol interior na alma individual e vigorosa.

(FONTE: Livro "Viver a Páscoa", Instituto Mainumby, Formação de Educadores Comunitários, Associação Monte Azul)


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