Segunda-feira Santa - Dia da Lua - Repetição, Revitalização, Reflexo

Vamos fazer de conta que este eu postei ontem, ok? :)



Betfagé, a casa dos figos, era uma aldeia cercada por figueiras consideradas, por seus moradores, sagradas.  Fora de lá que Cristo, no Domingo de Ramos, mandara Pedro e João trazer o burrinho, também considerado um animal sagrado. Ali se cultivava a antiga forma de clarividência, ou seja, praticava-se "o sentar-se sob a figueira", bem como uma série de exercícios físicos e meditativos que os isolava do mundo e das pessoas, e através dos quais se atingia um estado inconsciente de religião com o mundo espiritual.
Na manhã de segunda-feira, ao retornar de Betânia a Jerusalém com seus discípulos, Cristo se aproxima da figueira e pronuncia a sentença: "Para todo o sempre, ninguém mais comerá destes figos". Isto significava que, no dia seguinte, a árvore estaria seca. Com a condenação da figueira, Cristo cessa o antigo dom lunar das visões de êxtase. A antiga forma de clarividência ligada às forças da natureza era relativa à noite porque só era vivenciada pelo homem em estado inconsciente. É fundamental para o Cristo que o ser humano trilhe o caminho da autoconsciência clara e explícita que, embora muitas vezes se constitua de processo doloroso, o levará à liberdade individual. "A capacidade da autoconsciência teria que ser conquistada e isto exigiria em troca a antiga clarividência. Retornará o tempo, no futuro, em que todos os homens serão clarividentes, como um fato consciente, por haverem conservado o"Eu Sou", a autoconsciência."
Chegando mais tarde ao Templo que fervilha de atividades comerciais, Cristo expulsa os vendedores. Devolve ao Templo sua condição de lugar sagrado e, aos peregrinos que chegam de todos os lados para as cerimônias de Páscoa, devolve a consciência de que estão na casa de Deus.

(FONTE: Livro "Viver a Páscoa", Instituto Mainumby, Formação de Educadores Comunitários, Associação Monte Azul)

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